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@jessicarossone

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tratado De Architectura X

                    Sendo este o último livro do tratado, que trata especialmente das máquinas, e sendo este obviamente não tão essencial na minha concepção, direi mais sobre a minha impressão e conclusão dos livros.

LIVRO X
    
     Sendo Vitrúvio presumido como engenheiro do exército de Júlio César, logo se percebe o porquê de seu grande interesse em escrever sobre as máquinas, e em especial as máquinas de guerra, as quais eram projetadas por ele. Mas o décimo livro fala muito mais sobre as máquinas e também sobre os instrumentos.
     Para Vitrúvio, máquina era definida como uma coesa aparelhagem de madeira que proporciona as maiores vantagens para a movimentação de cargas. E era dividida em três gêneros: o gênero acrobático, vantajoso pela audácia, tinha a sua estrutura mantida coesa através de juntas, travessas, alças entrelaçadas e escoras de apoio; o gênero pneumático obtinha melhores resultados devido ao engenho da técnica; o tratório, porém, obtinha na prática maiores vantagens.
     As diferenças entre máquinas e instrumentos estava no fato de que as máquinas funcionavam a partir de interferências no seu movimento, pois são obrigadas por uma força maior; já os instrumentos funcionavam de acordo com a sua finalidade e mediante o controle experiente de um só manuseador.
     Os princípios das máquinas eram todos encontrados na natureza. Como exemplos de máquinas utilizadas na época de Vitrúvio, temos: os teares, as cangas, os arados, os lagares, carros e barcos. Como exemplos de instrumento, temos: balanças de peso, foles e tornos.
     Após breves definições, parte Vitrúvio para a explicação dos usos e da montagem de cada uma das máquinas para ocasiões específicas, como o transporte de capitéis e colunas, arquitraves e blocos de mármore a partir das pedreiras. Feitas tais explicações, fala sobre as dificuldades encontradas e também das tecnologias desenvolvidas para sanar essas dificuldades, como o desenvolvimento das técnicas de tração para a exploração do mármore. Fala então sobre alavancas, engenhos de tirar água, método do parafuso, engrenagens e finalmente chega no capítulo "Uso em tempo de guerra: escorpiões ou catapultas e balistas". A partir de então fala somente de máquinas utilizadas em combates e as melhores estratégias para utilizá-las.



                  A verdade é que os últimos capítulos me deixaram um tanto quanto desatenta. Mas o livro é bastante proveitoso, principalmente quando se deseja saber como as coisas começaram. Quem nunca teve curiosidade de saber o que os antigos pensavam e por que faziam as coisas como faziam e não do nosso jeito? Por isso é louvável o papel dos autores, que deixaram por escrito, assim como Vitrúvio, os seus ensinamentos ou pensamentos. E mesmo que hoje algumas coisas que estão no livro sejam consideradas incorretas, como no caso do pensamento geocêntrico, saber que este pensamento existiu e por quê já é de imenso valor. Espero não ter inebriado as ideias do autor, uma vez que o texto é de linguagem antiga e sua compreensão um pouco demorada. Esta livro foi, para mim, muito mais do que o início deste blog. Foi o início de um novo pensamento.

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